Por Isabel Matos, nutricionista da Clínica Pulsus.
Você já parou para pensar no que existe por trás de um pacote de biscoito recheado ou de um macarrão instantâneo pronto em minutos? Esses alimentos, apesar de práticos e saborosos, fazem parte da categoria dos ultraprocessados, produtos que, quando consumidos em excesso, podem trazer sérios riscos à saúde.
Neste artigo, você vai entender o que são os ultraprocessados, por que eles fazem mal, quais doenças estão relacionadas ao consumo frequente e como reduzir a presença deles no seu dia a dia.
O que são alimentos ultraprocessados?
Os alimentos ultraprocessados são produtos que passam por várias etapas de processamento industrial e recebem ingredientes artificiais que você dificilmente teria na sua cozinha, como conservantes, aromatizantes, corantes, adoçantes, realçadores de sabor e gorduras hidrogenadas.
Alguns exemplos comuns de ultraprocessados:
- Biscoitos recheados
- Salgadinhos de pacote
- Refrigerantes
- Macarrão instantâneo
- Nuggets
- Embutidos (salsicha, presunto, mortadela)
- Cereais matinais açucarados
- Pratos prontos congelados
Esses produtos são feitos para serem práticos, baratos, saborosos e durarem bastante tempo nas prateleiras. O problema é que, junto com a conveniência, eles carregam também riscos importantes para a saúde.
Por que os ultraprocessados fazem mal?
O consumo frequente de alimentos ultraprocessados está diretamente ligado a problemas de saúde a curto e longo prazo. Entre os principais riscos estão:
Ganho de peso e obesidade
São ricos em calorias, açúcares, gorduras e sódio, mas pobres em fibras e nutrientes. Essa combinação favorece o consumo excessivo e o acúmulo de gordura corporal.
Doenças crônicas
Diversos estudos associam os ultraprocessados ao aumento do risco de diabetes tipo 2, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares e até alguns tipos de câncer.
Inflamação no organismo
Os aditivos químicos presentes nesses produtos podem estimular um estado de inflamação crônica, que enfraquece a saúde ao longo do tempo.
Deficiências nutricionais
Apesar de calóricos, os ultraprocessados são pobres em vitaminas, minerais e fibras, podendo levar a deficiências nutricionais mesmo em pessoas que comem grandes quantidades.
Alterações na microbiota intestinal
Esses alimentos afetam o equilíbrio da flora intestinal, prejudicando a digestão, a imunidade e até o humor.
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Como reduzir o consumo de ultraprocessados?
Diminuir os ultraprocessados não significa cortar tudo de uma vez. O segredo é dar passos consistentes e buscar substituições mais saudáveis. Algumas estratégias:
- Desembale menos, descasque mais: priorize frutas, verduras, legumes, ovos, carnes frescas e grãos.
- Leia os rótulos: listas de ingredientes longas e cheias de nomes estranhos são sinais de ultraprocessados.
- Cozinhe mais em casa: preparar refeições caseiras dá controle sobre os ingredientes.
- Faça trocas inteligentes: substitua refrigerantes por água ou chá natural, e biscoitos recheados por frutas, castanhas ou iogurte natural.
Reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados não é sobre proibição, mas sobre consciência. Cada escolha mais saudável fortalece o corpo, previne doenças e melhora sua qualidade de vida.
Na ImunoBR, acreditamos que a alimentação é um dos pilares do cuidado integral. Se você deseja entender melhor como montar uma rotina alimentar equilibrada e adaptada à sua realidade, procure o apoio de um nutricionista.